quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Primórdios do cinema no Brasil

Hoje nós iremos discorrer parte do período histórico do cinema no Brasil desde o surgimento até o fato do Cinema novo, que engloba e pertence ao período do movimento tropicalista.

A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu há exatos 117 anos, mais especificamente no dia 8 de julho trazido pelo itinerante belga Henri Paillie.

Os filmes tinham cerca de um minuto cada e claro, retratavam cenas pitorescas da realidade europeia. Infelizmente, não temos registros deste fato disponível.

Mas olhem o que foi também umas das primeiras exibições deste período. “A saída dos operários dafábrica Lumière”
A propósito, você sabe quem foi os irmãos Lumière e grande importância destes para a  criação e evolução do cinema?



Em poucas palavras: os inventores da sétima arte. Foram eles, que depois de passar alguns anos dentro da fábrica do pai, que produzia películas fotográficas, tiveram a fantástica ideia de produzir algo que pudesse retratar imagens em movimentos, o CINEMATÓGRAFO.




A notificação da imprensa deixa clara o quanto essa primeira exibição revolucionou a história das artes: “O animatógrafo Lumière passou a ser a mais sublime maravilha de todos os séculos. Ver as pinturas mover-se, andarem, trabalharem, sorrirem, chorarem com tamanha perfeição e nitidez como se fossem naturais é assombroso! Salve Lumière!”



Esse equipamento, que tinha o poder de encantar, conseguia também mexer com o psicológico, medos e anseios da sociedade daquela época. Já ouviram falar da “Chegada do trem a estação”? Esse filme fez com que os espectadores se assustassem de tal maneira com a ideia de movimento, por pensar que o trem sairia das telas e invadiriam a sala de cinema, que antes disso, todos ali presentes de levantaram rapidamente e correram para fora da sala.

Vale lembrar, que estes fatos foram conhecido apenas pela elite carioca, que aliás, agradou-se com o que viu, já que um ano depois deste fato o Rio de Janeiro era detentor da primeira sala fixa de cinema: O Salão Novidades de Paris. 






Mas vamos sair das chegadas e partir para o que continuou acontecendo no Brasil já com a instalação da sétima maravilha.

A energia elétrica ainda era escassa, os bilhetes para uma entrada na sala de cinema, caríssimos, além do que, as produções retratavam o modo de vida da Europa.

As primeiras filmagens feitas no Brasil são dos irmãos Segreto, imigrantes italianos que filmaram a Baía de Guanabara, á bordo do navio francês Brêsil.

No dia 5 de julho, eles filmaram a visita do presidente da Republica Prudente de Morais ao cruzador Benjamin Constant. A partir daí, todos os acontecimentos políticos e festivos que aconteciam na cidade do Rio passaram a ser filmados.

Pascoal Segreto popularizou-se através de suas filmagens, passando a ser chamado de "Ministro das diversões do Rio de Janeiro".

O primeiro filme sonoro brasileiro é a comédia "Acabaram-se os otários" (1929), de Luiz de Barros.


Na contramão, Mário Peixoto realiza "Limite" (1930), filme mudo de pouca aceitação popular, mas hoje considerado um marco do cinema experimental.

Ernesto Romani foi o responsável por introduzir os filmes coloridos no Brasil com a comédia Destino em Apuros lançada em 1953.




E quando começaram os avanços, o cinema brasileiro não retratava a sua cultura, e sim, continuava mostrando o que existia fora do país, além do que, os feitos aqui, retratavam a elite, ou seja, a minoria e utilizava de recursos grandiosos para isso, tornando o cinema cada vez mais caro e inacessível.

E é neste período – final da década de 60 – que alguns baianos arretados, resolvem dar a cara pra bater. Querem mudar o cenário nacional, assim como, divulgar a cultura do país, além de expor e ir contra a opressão vivenciada na época. Dá-se a largada ao movimento tropicalista. 

Alguns nomes e objetivos destes, já foram citados em nossa apresentação. Vamos focar aqui então, no cinema, a grande revolução idealizada por Glauber Rocha.



O chamado Cinema Novo nasceu devido à frustação de um grupo de jovens, devido à falência das grandes companhias cinematográficas paulistas. Resolveram então lutar por um cinema com mais realidade, mais conteúdo e menor custo. 

Retratar a realidade brasileira com apenas duas coisas: "Uma câmera na mão e ideias na cabeça"! 

Podemos dizer que em 1955, o diretor Nelson Pereira dos Santos exibiu o primeiro filme responsável pela inauguração do Cinema Novo - "Rio 40 graus".

E depois do movimento tropicalista, o que aconteceu com o cinema brasileiro? Quais foram as principais mudanças, produções e evoluções? Isso é tema para a próxima semana!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Apresentando a Tropicália Filmes


A agência Tropicália Filmes é uma atividade idealizada por alunas do 5º período de Jornalismo da PUCPR, para a disciplina de Produção Jornalística em Cinema. Aqui nós iremos conversar sobre o conteúdo brasileiro apresentado neste meio. Lembrando que, estamos sob os olhares e orientação da crítica de cinema e professora Celina.

Temos o ideal de expor produções realizadas a partir da década de 60, momento em que ocorreu o movimento tropicalista, apresentar o que a cinematografia brasileira vem realizando nos últimos anos, além de mostrar as  nossas próprias produções.
É um espaço destinado à discussões e abordagens do cinema, com foco nas produções brasileiras.

Tropicália, você sabe o que foi este movimento?

O movimento que ocorreu no fim da década de 60 marcou a ruptura atingindo a música popular e a cultura brasileira. Apesar de o Tropicalismo ser um movimento musical, ele também atingiu outras esferas culturais, entre elas o cinema. E é nesse contexto que nossa proposta para o Tropicália Filmes é estudar, conhecer e também divulgar as produções artísticas do nosso país.

Você sabe quais foram os artistas que representaram o Tropicalismo?

Caetano Veloso - Idealizador do movimento tropicalista
                              
Gilberto Gil foi um dos criadores do movimento
                                    

                   
Os roqueiros "Os Mutantes" também fizeram parte do Tropicalismo
Muitas músicas que abalaram os anos 60 com o pedido de mudança sócio e econômica, ainda fazem sucesso nos dias de hoje.




No cinema, outras revoluções. O feito de filmes caros e desproporcionais à realidade brasileira incomodava os estudiosos da época. Foi quando Glauber Rocha teve a seguinte ideia: “uma câmera na mão e muitas ideias na cabeça”. Para ele, isso era o suficiente para produção de grandes obras. E não é que deu certo. Veja só:


E por que escolhemos esse nome para representar a nossa Agência? Queremos representar nosso povo, cultura, fauna e flora, sem deixar de lutar pelos ideais e melhorias que englobe toda a nação. Nada melhor que o movimento tropicalista, o qual agrega todas essas características. Pois bem, já estão apresentados à Tropicália Filmes. 


Seja bem vindo e nos conte:
Qual a produção brasileira que mais representou o país, em sua opinião?