sexta-feira, 31 de maio de 2013

E hoje, ainda existe o DADÁ?

Olá Tropicalistas! Após aprender um pouco sobre o movimento dadaísta e conhecer um dos cineastas adeptos ao movimento, que tal descobrir características do DADÁ que se fazem presentes atualmente?
A vanguarda artística que teve inicio em Zuríque, no ano de 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, movimentou vários campos e um dos principais foi a Literatura. Tristan Tzara, um dos líderes do movimento disse em seu último manifesto que o segredo da poesia é que "o pensamento se faz na boca". Mas, como esta afirmação é um tanto incompreensível, ele orientou seus seguidores dando uma receita de como fazer um poema dadaísta:

  • Pegue um jornal;
  • Pegue uma tesoura;
  • Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar ao seu poema;
  • Recorte o artigo;
  • Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco;
  • Agite suavemente;
  • Tire em seguida cada pedaço, um após o outro;
  • Copie na ordem em que elas são tiradas do saco;
  • O poema se parecerá com você;
  • E ele fará de você um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido pelo público.

Que tal fazer você mesmo, o seu Poema Dadaísta?

Esta "receita" é utilizada por muitas escolas atualmente como meio didático.
A forma mais natural de encontrar o Dadaismo nos dias atuais é na publicidade. Utilizando, principalmente, os recursos da foto-montagem, campanhas publicitárias fazem uso do DADÁ para divulgar produtos. Seguem alguns exemplos:

Campanha Publicitária Veet

Campanha Publicitária Pirelli

Campanha Publicitária Havainas



No cinema, podemos citar o filme "Brilho Eterno de uma mente sem lembranças", cujo lançamento se deu em 2004. A produção chega a conter algumas características do movimento, mas nada que seja completamente explícito.
O longa dirigido por Michel Gondry conta a história do casal Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet). Após o fracasso do relacionamento, Clementine decide esquecer Joel para sempre e aceita submeter-se a um tratamento experimental, que retira de sua memória os momentos vividos com ele. Quando Joel descobre as ações de Clementine, entra em depressão e decide fazer um tratamento também. Porém, ele acaba desistindo de tentar esquecê-la e começa a encaixar Clementine em momentos de sua memória dos quais ela não participava. Segue o trailer:




Curiosidade: A marca Havainas faz diversas campanhas publicitárias utilizando as artes visuais. Se quiser saber um pouco mais clique aqui.




quinta-feira, 30 de maio de 2013

Top 5 lançamentos brasileiros de junho

Mês de junho chegando... E com ele, o inverno!
Qual a melhor programação para um dia frio? Ficar em casa? Não! Pegar um cinema!

A Tropicália filmes traz os 5 lançamentos brasileiros do novo mês.

Para o dia 07 de junho, há três opções de estreia para assistir. A primeira delas é "Odeio o Dia dos Namorados". Estrelado por Heloisa Pérrisé, Daniel Boaventura e Marcelo Saback, o filme conta a história de uma diretora de criação de uma agência de publicidade que precisa dar seu aval a uma grande campanha publicitária, mas o cliente é, simplesmente, seu ex-namorado e o tema da campanha é romance.

Ficha técnica
Gênero: Comédia
Direção: Roberto Santucci
Roteiro: Paulo Cursino


Já para os espectadores que preferem um drama, o longa da vez é "Réquiem Para Laura Martin". Um compositor aficionado pelo que faz, vive um triângulo amoroso entre sua musa inspiradora, Laura Martin e suas esposa, Raquel. Em um clima melancólico, a narrativa se desenvolve durante o processo criativo do compositor. Talvez essa seja a última obra do artista. De caráter misterioso, no desenrolar do filme não se sabe se Laura é fruto da imaginação do maestro, se existe ou se existiu.

Ficha técnica
Gênero: Drama
Direção: Luiz Rangel e Paulo Duarte
Roteiro: Paulo Duarte


O último filme do dia 07 é do gênero documentário. "As Hiper Mulheres" traz uma das histórias que rodeiam o folclore indígena do Xingu. O filme conta a história de uma mulher que está prestes a morrer. Seu marido, um velho, pede para que um sobrinho realize um grande ritual feminino, o Jamurikumalu, para que ela possa cantar mais uma última vez. A índia tem uma doença e está próximo da morte. Todas as mulheres do grupo começam a ensaiar enquanto a melhor cantora da aldeia se encontra doente.

Ficha técnica
Gênero: Documentário
Direção: Carlos Fausto, Leonardo Sette, Takumã Kuikuro
Roteiro: Carlos Fausto, Leonardo Sette, Takumã Kuikuro


Dia 14 segue a programação de documentários nas telonas. A estreia é "Prá Lá do Mundo". O filme relata um lugar deslumbrante e mágico escondido na região da Chapada Diamantina. Grandes centros urbanos perdem população porque na região vive-se uma quebra de padrões, que tenta fugir da sociedade de consumo.

Ficha técnica
Gênero: Documentário
Direção: Roberto Studart
Roteiro: Dimitre Lucho, Roberto Studart


Fechando as estreias do mês de junho com "Minha Mãe é Uma Peça". A comédia, que estreia dia 21 de junho, narra a história de uma aposentada de meia idade que foi trocada pelo marido por uma mulher mais nova. Sua maior preocupação é encontrar o que fazer, já que os filhos são crescidos. Por isso, a senhora gasta seu tempo desabafando com a tia idosa, fugindo da vizinha fofoqueira ou perturbando os filhos ao tentar cuidar da vida deles.

Ficha técnica
Gênero: Comédia
Direção: André Pellenz
Roteiro: Fil Braz, Paulo Gustavo, Rafael Dragaud


Ninguém vai poder dizer que não tem o que fazer nesse friozinho, hein?!
Cinema é cultura! Aproveite. 


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Irmãos Wagner - os responsáveis pelo reconhecimento da animação paranaense dentro e fora do Brasil.


Boa noite Tropicalistas! Hoje, nós vemos com um assunto muito interessante sobre o cinema de animação. Você sabe como começou esta vertente de filmes no Paraná?
Ingrid, Elizabeth, Rosane e Helmuth Wagner com Valêncio Xavier
na cinemateca de Curitiba

Pois bem, os irmãos Ingrid, Rosane, Helmuth e Elizabeth Wagner foram os pioneiros no ramos no nosso estado. Eles criaram filmes de animação que foram referências internacionais, como por exemplo, o filme "Metamorfose" que é do ano de 1977 e o "Foi pena q..." de 1977.
Você já se perguntou como os filmes de animação são feitos? Como é escolhida a voz do autor que fará a dublagem e porque muitos destes filmes têm temas adultos? Para saciar sua curiosidade agregando muito informação, a Tropicália Filmes fez uma entrevista exclusiva com os Irmãos Wagner.
Confira:



Tropicália: Qual o principal motivo para produzir filmes de animação com temas adultos?
Irmãos Wagner: O principal motivo do frupo em produzir filmes de animação direcionados para o público adulto, além da experiência neste ramo, é a possibilidade de abordar temas políticos e sociais, criar personagens de traços fortes e fora dos padrões geralmente usados em personagens para filmes infantis. Como exemplo citamos dois filmes de nossa autoria: "Respeitável Público", um desenho animado complexo, que aborda com representações a situação precária de um país, a ponto que ele seja vendido a um famoso personagem de HQ. Para caracterizar os personagens usamos o traço no formato de pinhões contrapostos, criando assim uma fisionomia bem peculiar. Outro exemplo é o filme "Foi pena q...", uma sátira sobre a descoberta do Brasil.
Cena do filme "Respeitável Público"

Tropicália: A mensagem a ser passada é melhor codificada pelo público adulto quando é produzida em forma de animação?
Irmãos Wagner: Acreditamos que o filmes de animação sempre atraíram toda a faixa de público, mesmo os ditos como infantis, divertem os adultos. No caso específico de animação para adultos, a mensagem pode ser melhor codificada sim, por exemplo: muitas vezes em um filme "ao vivo" com atores reais, pode acontecer uma cena de ação, onde o personagem escapa de armadilhas de forma fantástica e sai "ileso" a toso tipo de explosões e perigos. As vezes estas cenas levam a pessoa a "ver" além do filme, algumas questionam como o truque poderia ter sido feito. Desta forma o espectador não acredita na cena; já nos filmes de animação tudo é permitido, porque o próprio filme é uma invenção. Tudo pode acontecer e então, aquele que passa pelos olhos é verdadeiro e válido, porque é uma animação!

Tropicália: Qual a principal diferença do filme de animação para os demais?
Irmãos Wagner: Primeiramente o que distingue o cinema de animação do cinema convencional do ponto de vista técnico, é o fato de no primeiro as imagens serem registradas fotograma a fotograma e não de forma contínua. Do ponto de vista criativo, especialmente o desenha animado, a diferença começa pelos atores ou elementos de cena. Nos demais filmes os atores são escolhidos com convocados, e no caso da animação, os personagens são criados, desenhados, antes de "ganhar vida".
"No caso específico do desenho animado, não é a arte do desenho que se move, mas, antes a arte dos movimentos que são desenhados" (Norman MacLaren). Existem filmes, onde personagens reais interagem com personagens de animação, por exemplo, o filme de animação "A flor" dos Irmãos Wagner, personagens humanos contracenam com bonecos articulados. No entanto, a maior diferença entre o cinema de animação para os demais é pela liberdade criativa que proporciona do sonho, da fantasia e das mais diversas abstrações em relação a imagem.


                                                                                Cenas do filme "A Flor"

Tropicália: Como é feita a direção de um filme que tem a maior parte produzida em computadores?
Irmãos Wagner: A direção de um filme de animação é tão importante quanto de outra categoria, o diretor acompanha a produção desde os rascunhos até a produção final, ele sugere que tipo de personagens de adéqua ao roteiro, que por muitas vezes é ele o próprio que escreve, escolhe a trilha sonora e atores que irão dublar os personagens. O diretor é a pessoa que permanece o tempo todo na sala de stop motion e direção.

Tropicália: Quais as principais diferenças na hora de escrever um roteiro deste gênero?
Irmãos Wagner: O formato do roteiro de animação é exatamente igual ao dos filmes com atores, os diálogos, cortes de cena e etc. Entretanto, as descrições de ação dever ser vividas, os roteiristas de animação dever ser capazes de compreender as ações e retratá-las exatamente como tal, além de descrever claramente cada ação.

Tropicália: Em relação às dificuldades de produzir uma animação, quais são os principais empecilhos enfrentados pelos diretores?
Irmãos Wagner: A maior dificuldade para produzir filmes de animação era a falta de pessoas com especialização nesta área, os equipamentos como câmeras, ilha de edição, trucagens eram muito caros, além de outros serviços que não se tinha acesso aqui em Curitiba, era preciso ir a São Paulo ou Rio de Janeiro para finalizar um filme de animação de 16mm e 35mm. Porém, hoje temos a facilidade do cinema digital, animação por computação gráfica e muitos recursos acessíveis. E ainda temos as leis de incentivo a cultura, o que torna mais viável a produção de filmes de longa metragem em animação.


Cenas do filme "Metamorfose"


Tropicália: Como são feitas as escolhas dos atores que vão dublar os personagens? A voz do ator faz diferença na escolha?
Irmãos Wagner: Geralmente pessoas que dublam personagens são atores de cinema ou de teatro. Para uma boa escolha é bom assistir as peças de teatros e filmes, ou ainda por indicação de um profissional. A voz do ator faz grande diferença na dublagem de um filme, pois o tem da voz precisa combinar com a característica do personagem, a entonação e dramaticidade nos diálogos são tão importantes quanto o movimento dos desenhos.

Tropicália: O que despertou o interesse dos Irmãos Wagner por animação?
Irmãos Wagner: O interesse por animação do grupo foi de forma espontânea. Já havíamos assistido documentários sobre a produção de desenhos animados e resolvemos experimentar. No inicio foram alguns testes, com vários tipos de materiais, estudos de movimento e iluminação. Podemos dizer ainda que tivemos uma certa influência, ou herança artística de nossos pais, Edith Ilda Wagner, desenhista criativa de uma imaginação sem limites e Helmuth Erich Wagner, considerado um dos melhores fotógrafos de sua geração, premiado em muitos salões de arte fotográfica no Brasil e no exterior.

Tropicália: O que será da animação brasileira nos próximos anos?
Irmãos Wagner: Como citamos anteriormente, com recursos e patrocinadores que atuam através das leis de incentivo a cultura, os animadores brasileiros poderão produzir filmes de qualidade e a tendência é aumentar a produção. Hoje a animação estende-se para vários domínios. Com as técnicas digitais na produção de animação, podemos dizer que qualquer pessoa que tenha um bom computador, terá acesso a programas para fazer filmes de animação. Porém, vale ressaltar que para se ter um bom filme não basta somente a técnica, é preciso uma boa história, personagens ou objetos que sejam carismáticos ou surpreendentes e, claro, que desperte emoção!


Cenas do filme "Foi Pena Q..."

terça-feira, 21 de maio de 2013

Um dos ícones do cinema mundial é brasileiro

Alberto de Almeida Cavalcanti, uma trajetória construída em décadas mundo a fora, resultando em mais de 50 filmes em sua bagagem. Não é toa que o brasileiro é um ícone do cinema mundial.



Cenógrafo, produtor, diretor e principalmente, experimentador, Cavalcanti fez parte de diferentes vertentes do cinema, se destacando e conquistando olhares e admiradores das mais diversas gerações. Nos anos 20 viveu intensamente a vanguarda francesa, nos anos 30 a escola documentarista, nos anos 40 viveu no impulso da produção comercial britânica e nos anos 50 tentou se fixar na parte industrial de São Bernardo do Campo. Fora isso, até os anos 70 realizou filmes nos mais diversos países. Uma de suas características marcantes era se adaptar facilmente ao lugar que estava.

Cavalcanti não tem uma unica marca registrada, suas produções variam entre aspectos realistas e fantasiosos. Seu primeiro filme foi lançado em 1925, "Le Train Sans Yeux". E a partir daí conquistou  espaço e já se consagrou como um importante representante da vanguarda do cinema francês.

Com sucesso cada vez mais crescente e produzindo um maior número de filmes, o produtor retornou ao Brasil apenas em 1949, convidado por Assis Chateaubriand e Pietro Bardi, para ministrar conferências no Seminário de Cinema do Museu de Arte de São Paulo, e assim, assumiu o cargo de produtor geral da Companhia Cinematográfica Vera Cruz.

A visão e exploração da sétima arte, feita por ele, foi de grande importância no Brasil. Mesmo com incompreensões da época, sua passagem pelo país ajudou a impulsionar o cinema brasileiro. Entre as produções estão: Simão, o caolho, O Canto do Mar e Mulher de Verdade, feitos para a Kino Filmes, a qual foi um de seus fundadores. No ano de 1954, ganhou o Prêmio Governador do Estado, por sua contribuição e recuperação do cinema brasileiro, no 1º Festival Internacional de Cinema no Brasil.



Após a estádia na terra natal, Cavalcanti viajou mais vezes, e voltou outras. Confira abaixo um pouco mais sobre os filmes elaborados em sua passagem pelo Brasil:

Exibido no ano de 1952, o filme foi produzido em preto e branco. Seu enredo é baseado em crônicas de Galeão Coutinho. Retrata a história de um homem caolho que deseja recuperar seu olho perdido.

Realizado em 1953, também em preto e branco, o filme se passa em pleno sertão nordestino. A família que vive na miséria, a mãe cuida de todos, o pai é louco e está isolado e um dos filhos deseja ir para o Sul do Brasil, em busca de melhores condições de vida.

Mulher de Verdade
Rodado em preto e branco no ano de 1954, o filme trata a história de uma enfermeira que se passa por solteira, mas na verdade leva uma vida dupla, casada com dois homens.

Como este último filme não se encontra disponível no canal Youtube, segue outro vídeo interessantíssimo  para que você possa conhecer mais sobre a vida deste astro.




sexta-feira, 17 de maio de 2013

Loucura + manifestação = dadaísmo

Se deu a louca na Tropicália Filmes? Nããããão! Mas vida de universitárias é assim: sexta-feira, e aqui estamos, aprendendo e compartilhando! Hoje sobre o movimento Dadaísta, também conhecido como DADÁ. O que você sabe sobre esse período das artes? 

O dadaísmo foi um movimento artístico que surgiu na Europa por volta do ano de 1916. Este movimento teve alguns principais representantes, podemos citar aqui dois deles: Marcel Duchamp e Hans Arp. E qual o principal objetivo desses caras? Para eles, era hora da ruptura com as formas tradicionais de arte. Portanto, o dadaísmo foi um movimento de forte conteúdo anárquico.
O próprio nome do movimento deriva de um termo em inglês infantil: dadá (brinquedo, cavalo de pau). Daí, observa-se a falta de sentido e a quebra com do tradicional que é o intuito do movimento.


Observe algumas características do dadaísmo e tente identificá-las no vídeo abaixo:

- Objetos comuns do cotidiano são apresentados de uma nova forma e dentro de um contexto artístico;
- Irreverências artística;
- Combate às formas de arte institucionalizadas;
- Crítica ao capitalismo e ao consumismo;
- Ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;
- Uso de vários formatos de expressão (objetos do cotidiano, sons, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc) na composição das obras de artes plásticas;
- Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos acontecimentos políticos do mundo.



Aos nossos modernos olhos de hoje, este tipo de manifestação pode parecer infantil, no entanto, não podemos esquecer o momento no qual a proposta surgiu: uma Europa caótica e em guerra. A falta de lógica não era usada como absurdo, mas como um espelho crítico de uma realidade incômoda. 

E então, o que achou do DADÁ? 
Na próxima sexta-feira uma continuação deste movimento que fez história no mundo. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Produção cinematográfica brasileira busca cada vez mais visibilidade no mercado exterior

Criada em 2001 a Ancine visa estimular o fomento do cinema e do audiovisual no Brasil
Com o intituito de reforçar a presença de filmes brasileiros nos mais conceituados festivais de cinema, surgiu neste ano, o programa Encontros com o Cinema Brasileiro, idealizado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) e pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE). O projeto, que visa expandir a influência e representatividade da cinematografia brasileira no mercado internacional, recebeu um total de 71 inscrições em longas-metragens, sendo 43 ficções, 25 documentários e três animações.
Depois do primeiro passo, todo material enviado pelos produtores dos filmes inscritos será repassado aos curadores dos festivais de Veneza, Locarno, San Sebastian, Roma, Havana e Amsterdã, que escolherão os filmes que vão assistir projetados em tela grande, no Rio de Janeiro, na primeira semana de junho. Segundo o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, o número expressivo de inscritos já na primeira edição do programa, demonstra que a demanda do setor por uma iniciativa como essa já era esperada. "Percebemos ainda, pelo perfil variado dos inscritos, a aceitação entre diferentes tipos de produção, das maiores às mais independentes e dos cineastas mais experientes aos estreantes em longa metragem. Os curadores terão acesso a um painel preciso do que o cinema brasileiro está produzindo no momento", disse Manoel Rangel. 
Encontros com o Cinema Brasileiro servirá de vitrine à produção nacional
O projeto Encontros com o Cinema Brasileiro prevê a realização de três encontros anuais. Além disso, a divisão dos festivais para cada um dos eventos foi realizada levando em consideração o período de realização de cada um deles, para que a experiência aconteça por volta de 75 a 90 dias antes do início dos festivais, momento em que tradicionalmente está sendo feita a escolha dos filmes que integrarão a programação dos eventos.

Fonte entrevista: Ancine




quinta-feira, 9 de maio de 2013

Rock brasileiro compete com produções norte-americanas


A partir deste ano, maio pode ser considerado o mês de Renato Russo. Primeiramente, devido ao sucesso do filme "Somos tão Jovens", cujo lançamento ocorreu na última sexta-feira (03/05). E também, graças ao longa "Faroeste Caboclo", que é inspirado na canção do Legião Urbana e tem estréia prevista para o final do mês (30/05). Além disso, Giuliano Manfredine, filho de Renato Russo, tem um projeto para documentar "um lado de Renato Russo que poucos conhecem", segundo entrevista fornecida ao jornal A Crítica. Mas agora, o assunto é "Somos tão jovens"!

O longa que é dirigido por Antonio Carlos da Fontoura e narra a juventude do vocalista da banda Legião Urbana teve a  sexta melhor renda do ano, arrecadando R$5,8 milhões e alcançou 470 mil espectadores no final de semana de estréia. 'Somos tão jovens' se tornou o filme brasileiro mais visto de 2013. A história de Renato Russo é um forte concorrente da superprodução americana 'Homem de Ferro 3', a qual, até então, tem a melhor bilheteria. 

Mas como um filme brasileiro pode ser páreo para os filmes americanos? O resultado positivo que o longa está recebendo mostra o carinho do público com relação ao "ídolo" Renato Russo e ao Legião Urbana. O grupo musical foi formado em Brasília no final dos anos 1970 e 1980 (período da Ditadura Militar), após uma discussão do vocalista com sua antiga banda, chamada Aborto Elétrico. Legião Urbana tinha muito à dizer e através de músicas narrativas,  Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Renato Russo contaram histórias. 

Integrantes da banda Legião Urbana (da esquerda para a direita: Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Marcelo Bonfá).


A banda é uma das mais veneradas do público e respeitada pela crítica. Os três jovens entraram em cena e aceleraram o andamento da música do período. 
Faz parte do quarteto sagrado do rock brasileiro, juntamente com o Barão Vermelho, Titãs e Paralamas do Sucesso. O fim dessa 'Legião Urbana' ficou marcado pelo falecimento do vocalista Renato Russo, em 11 de outubro de 1996. Com apenas 14 anos de atividade, a banda somou mais de 20 milhões de discos vendidos e é o terceiro grupo musical da gravadora EMI que mais vende discos de catálogo em todo o mundo, com média de 250 mil cópias por ano. 
Legião Urbana deixou um legado repleto de sucessos, entre eles: "Que país é esse?; Pais e filhos; Eduardo e Mônica, Faroeste Caboclo" e muitos outros. Nada mais justo que o grupo, admirado até hoje pelo público em geral, possa chamar o mês de maio de seu!

Sinopse: O jovem Renato Russo não tem tempo a perder: sonha ser um astro do rock. Mas ainda é cedo. Ele precisa estudar, dar aulas de inglês, tranquilizar os pais, curtir a turma, curar dores de amor e, principalmente, arrumar quem toque na sua banda. Do Aborto Elétrico à Legião Urbana, "Somos tão Jovens apresenta os primeiros acordes do mito Renato Russo e da turma do Rock Brasília, criadores de sucessos como "Que País é Este", " Geração Coca-Cola", Eduardo e Mônica" e muitas outras músicas que marcam e transformam fãs geração após geração, iniciando a trajetória que a tornará a maior banda do Rock Brasil e Renato Russo o porta-voz da juventude urbana do país inteiro.

Segue o trailer:





quarta-feira, 1 de maio de 2013

Uma produção, Tropicália Filmes

Olá tropicalistas de plantão,
hoje, já que não é mesmo um dia comum - feriadão, a postagem no Tropicália Filmes também será diferenciada. Afinal, não é todo dia que jovens estudantes têm o êxtase de reproduzir a cena de um longa metragem!

Você já assistiu Meu Tio Matou um Cara?

No filme de Jorge Furtado, Duca (Darlan Cunha) que é sobrinho de Éder (Lázaro Ramos) tenta de todas as formas possíveis, provar a inocência do tio, que confessa ter assassinado um homem.
O menino tem certeza que o tio só confessou o crime para livrar a namorada da acusação. Paralelamente, Duca tenta conquistar a amiga Isa (Sophia Reis), que se mostra estar mais interessada é no melhor amigo de Duca, o Kid (Renan Gioelli).

No início do filme há uma cena na qual a mãe de Duca, Cléia (Dira Paes) tenta acalmá-lo, dizendo que todo o ocorrido foi um acidente. Para surpresa da mãe, Duca a enche de perguntas relacionadas ao crime, no intuito de ajudar a inocentar o tio.

Para fins acadêmicos da disciplina de Cinema, a Tropicália Filmes reproduziu esta cena. Foi a primeira produção da agência. Confira a cena original e em seguida o resultado da reprodução:


Agradecimentos à Caio Henrique Rocha, que representou Duca.