quarta-feira, 27 de março de 2013

Gilberto Gil

Na página do Faceebok, a Tropicália Filmes comemorou suas 100 curtidas e inovou. A cada semana será postado um Antes e Depois, onde os personagens são os particpipantes do movimento tropicalista. O primeiro post mostra Gilberto Gil, e um pouco de sua história será contada aqui.

Gilberto Gil durante show
Gil nasceu em 26 de junho de 1942, em Salvador, Bahia. Quando estava no secundário (o atual ensino médio), Gilberto Gil ganha um violão de sua mãe e conheceuo trabalho de uma de suas principais influências músicais, João Gilberto. Nos tempos de faculdade, o artista conhece Caetano Veloso, Bethânia, Gal Costa e Tom Zé. Com 22 anos realiza, junto com seus novos amigos, sua primeira apresentação, no Teatro Vila Velha. Se forma em 1965 e muda para São Paulo com sua esposa, Belina.

 
Gilberto  Gil começou a ter importância na cultura brasileira, principalmente nos anos 60, quando junto com Caetano Veloso, criou o Tropicalismo.  Devido o AI-5, ambos foram presos pelo regime militar, com a alegação de estarem praticando atividades subversivas.  Por esse motivo, os dois amigos se exilam em Londres. Mas Gil não parou. Ainda na Inglaterra gravou um álbum em inglês. 
Com Caetano Veloso em uma praça no centro de Londres

Quando retornou ao Brasil, continuou seus discos e composições, firmando sua opção pela música pop. Nos anos 90, o cantor gravou "Tropicalia2" junto com com Caetano, para celebrar os 25 anos da Tropicália. Em 1998, lançou o álbum "Quanta gente veio ver" e ganhou o "Grammy Award" de melhor música mundial.
 
 
No total, Gilberto Gil lançou 57 álbuns e ganhou 8 Grammys. Com músicas criativas que tem como objetivo mostrar para o mundo a música brasileira, Gil tem se destacado não só no Brasil, mas no mundo todo.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Comédia Brasileira

Podemos dizer que março é o mês da Mulher e são elas que envolvem o tema que a Tropicália filmes vai abordar essa semana.

Vamos por partes, tudo começou com a Chanchada...

Movimento dos anos 40 e 50 que importa do teatro a questão do rebolado, das saias curtas e da sensualidade das vedetes, que utilizavam linguagem coloquial para conseguir atingir as camadas populares, com números de piadas e canções de duplo sentido. Essa época foi marcada pela precariedade técnica e de representação. É a partir deste período que o cinema passa a ver o Brasil como Hollywood via o Brasil, com suas baianas e malandros estilizados, o que faz o movimento ficar ainda mais popular, mas ao mesmo tempo mais criticado pelos contrários a este estilo.

Pornochanchada
Já na década de 60, os filmes começaram a insinuar o sexo nas telonas. A figura feminina é explorada de maneira mais forte. A mulher é colocada como objeto do olhar; o homem, como dono do olhar e condutor do olhar do espectador. Além disso, o próprio enquadramento e os movimentos de câmera conduziam o espectador pelo corpo feminino, mostrando a peculiaridade da beleza de cada uma das atrizes já conhecidas, porém nunca antes “mostradas”. 

A mulher era vista como objeto de desejo e os homens sob dois outros aspectos: o malandro, visto como aquele que driblava o poder da repressão e sempre se dava bem e o conquistador, que conseguia as melhores mulheres. 


Chegamos ao século XXI e com ele, uma nova terminologia, a Comédia Contemporânea.
Há aqui, uma mudança importante no cinema nacional, o qual começa a se preocupar com a formação intelectual do público. As produções passam a ser mais elaboradas. Afinal, o público mudou, os cinemas estão agora nos grandes shoppings centers. O mercado também mudou, os filmes passam a ser exibidos na TV aberta e disponibilizados para locação. Surge então o cinema multifacetado, diferente do cinema novo, que tinha caráter unificado, agora são várias as identidades apresentadas em uma produção, até parece uma novela de uma hora, na qual cada personagem tem sua importância, a trama já não gira mais só em torno do protagonista. Além disso, os personagens são, na maioria, pessoas de boa renda, de boa casa, boa família. Porem a questão afetiva quebra essa lista de coisas boas e faz parte dos conflitos e dramas do filme. Esses filmes têm sido sucesso de bilheteria.
Vamos a um exemplo:
No filme  De pernas pro ar 1 a personagem principal é uma mistura da mocinha da chanchada (recatada e conservadora) e da mulher objeto da pornochanchada (se torna empresária - dona de sexshop, fazendo uso dos objetos - mostrando  independência sexual da mulher), além de apresentar aspectos da “nova mulher” resolvida e decidida. A crise neste filme é o relacionamento, que “esfriou” não só no sentido erótico, mas também no sentido afetivo, de importância à família X trabalho; e a situação “constrangedora” da mulher em contar ao marido que ela gerencia uma loja de produtos eróticos.  

quarta-feira, 13 de março de 2013

Vidas Secas, um filme que mobilizou o mundo do cinema

Baseado na obra literária Vidas Sêcas, de Graciliano Ramos, o filme que carrega o mesmo nome do livro, teve sua estreia no ano de 1963, durante o movimento tropicalista, e foi dirigido por Nelson Pereira dos Santos.
Capa da obra "Vidas Sêcas"

Para quem não conhece a história, vamos dar uma pincelada no assunto. A obra, que se encaixa no gênero drama, relata a história de uma família de retirantes, formada por Fabinho, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo e a cachorra Baleia. Devido à seca eles são pressionados a atravessar o sertão, em busca de novas maneiras de sobreviver.

Para analisar a história é importante se colocar na época, e lembrar que o cinema brasileiro estava se reinventando. Este filme tem uma forte influência do neorrealismo italiano, que nada mais é que caracterizar o filme com elementos da realidade, aproximando-se em certos pontos com um documentário.

Na imagem estão a cachorra Baleia e o filho mais novo





Com novas ideias, características e muita vontade de inovar, Nelson Pereira dos Santos conseguiu chegar onde queria, ou quem sabe até ultrapassar os seus limites, pois o filme foi mais que um sucesso e devido tamanha qualidade, teve indicações a grandes premiações. No Festival de Cannes, em 1964, por exemplo, recebeu o prêmio do OCIC (Office Catholique International du Cinéma) e o prêmio dos cinemas de arte. 

Foi também indicado à Palma de Ouro e considerado o melhor filme do ano, pela Resenha de Cinema de Gênova (Itália). E para quem ainda não se convenceu, terminamos com uma informação crucial: Vidas Secas foi o único filme brasileiro a ser indicado pelo British Film Institute, como uma das 360 obras fundamentais em uma cinemateca! Foi ou não um grande marco no cinema?

Abaixo segue o filme na integra, não deixem de conferir! E fiquem ligados, semana que vem tem mais!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Pós Tropicália: o que aconteceu com o cinema brasileiro?

Como dito na semana passada, hoje vamos continuar contando um pouco da história do cinema brasileiro, agora, depois da Tropicália, que como sabemos aconteceu no final dos anos 60.
Temos que ter em mente que o cinema brasileiro ainda estava em processo de reconhecimento e suas produções eram precárias. Porém nos anos 70 isso começa a mudar.
O gênero de filme que mais fazia sucesso era o Pornochanchada, que são filmes com uma grande carga de erotismo, mas não tem o ato sexual em si. Exemplo desse tipo de filme é o Dona flor e seus dois maridos”, e que por sinal, foi o maior sucesso de bilheteria do cinema, com quase onze milhões espectadores, só perdendo essa posição em 2010 para o filme “Tropa de Elite” com onze milhões dois mil e quarenta e um.
Nos anos 80, com a intensa crise econômica que ocorreu no Brasil, a produção que estava em alta volta a cair.
Capa do filme "Dona Flor e seus dois maridos"

Os estilos de filmes que se consolidaram nessa época foram às comédias do Renato Aragão; filmes da Xuxa também começaram a aparecer. Alguns deles entraram pra lista de maior sucesso do cinema brasileiro na década de 80.  Um exemplo é A princesa Xuxa e os Trapalhões”, com quatro milhões e vinte mi espectadores.
Chegamos à década de 90. Fernando Collor é eleito e as reservas financeiras particulares foram extintas junto com a Embrafilme, Concine, Fundação do Cinema Brasileiro e Ministério da Cultura. Somente no ultimo ano do presidente, em 1992, um filme foi exibido nas telas nacionais. A grande arte” de Walter Salles.
Com Itamar Franco, o ministro da cultura Antônio Houaiss criou a Secretaria para o desenvolvimento do audiovisual. Foi nesse período que começou a crescer novamente a produção de filmes. Mas Renato Aragão e Xuxa continuam lançando pelo menos um filme por ano.
Já nos anos 2000 gêneros variados de filmes começam a se consolidar no país. Alguns diretores apostaram na criatividade e ganham prestígio, concorrendo até mesmo a prêmios internacionais.
Os sucessos de bilheteria deste período foram Se eu fosse você”, com seis milhões e cem expectadores, e Dois filhos de Francisco” com cinco milhões e quatrocentos. O filme “Cidadede Deus” teve quatro indicações ao Oscar e foi exibido no Festival de Cannes, mas fora de competição.

Chamada para o filme "Cidade de Deus"
                                      
Bem por hoje é só e ai vai um link para os maiores sucessos de bilheteria brasileira nos anos 2000: http://veja.abril.com.br/cronologia/cinema-nacional/index.html