quarta-feira, 13 de março de 2013

Vidas Secas, um filme que mobilizou o mundo do cinema

Baseado na obra literária Vidas Sêcas, de Graciliano Ramos, o filme que carrega o mesmo nome do livro, teve sua estreia no ano de 1963, durante o movimento tropicalista, e foi dirigido por Nelson Pereira dos Santos.
Capa da obra "Vidas Sêcas"

Para quem não conhece a história, vamos dar uma pincelada no assunto. A obra, que se encaixa no gênero drama, relata a história de uma família de retirantes, formada por Fabinho, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo e a cachorra Baleia. Devido à seca eles são pressionados a atravessar o sertão, em busca de novas maneiras de sobreviver.

Para analisar a história é importante se colocar na época, e lembrar que o cinema brasileiro estava se reinventando. Este filme tem uma forte influência do neorrealismo italiano, que nada mais é que caracterizar o filme com elementos da realidade, aproximando-se em certos pontos com um documentário.

Na imagem estão a cachorra Baleia e o filho mais novo





Com novas ideias, características e muita vontade de inovar, Nelson Pereira dos Santos conseguiu chegar onde queria, ou quem sabe até ultrapassar os seus limites, pois o filme foi mais que um sucesso e devido tamanha qualidade, teve indicações a grandes premiações. No Festival de Cannes, em 1964, por exemplo, recebeu o prêmio do OCIC (Office Catholique International du Cinéma) e o prêmio dos cinemas de arte. 

Foi também indicado à Palma de Ouro e considerado o melhor filme do ano, pela Resenha de Cinema de Gênova (Itália). E para quem ainda não se convenceu, terminamos com uma informação crucial: Vidas Secas foi o único filme brasileiro a ser indicado pelo British Film Institute, como uma das 360 obras fundamentais em uma cinemateca! Foi ou não um grande marco no cinema?

Abaixo segue o filme na integra, não deixem de conferir! E fiquem ligados, semana que vem tem mais!

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